24.11.06

EU EM MIM MESMO

Eu em mim mesmo


Sou sempre dois,
Com tendência à vários.
Sou como Pessoa,
Um "fingidor".
A dor que sinto
Diz, porque minto,
Ao mentir com tamanho afinco.
Escondo-me de mim mesmo,
Ficando a esmo com meu eu pensante.
O filósofo, pensa!
O outro eu,
Um boêmio errante;
Que dá à luz um terceiro,
Miserável poeta vibrante!.


Estamos aprisionados,
Mesmo distantes...
Mesmo livres
Há algo que nos prende,
Algo que não se compreende,
Que o tempo insiste em dizer.
A chuva molha os pensamentos
Na distancia que nos separa
Mesmo assim eles chegam quentes
Como que se protegidos
Por um amor abundante e contínuo
Daqui ali,
Do outro lado onde me queres
Ligado ao meu querer
Você pensa, e eu penso.
Pensamos e amamos
E não sabemos o que é o amar
Não sabemos o que pensar
Porque o pensar nem sempre resolve
Assim, nosso desejo se envolve e se revolve
No borbulho do amor.

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