3.7.08

GOTA DE ORVALHO - AO MEU FILHO VERSO iv

Ao meu filho, verso IV.

Gota de orvalho

Querido filhinho,
Como és ainda pequenino não podes compreender minha voz
Por isso escrevo, para que um dia compreendas
Que teu nome, não por acaso, é nome de rei.
Tua vida vale mais que uma vida
Pois quando viestes à luz que faz o verde campo ter brilho,
Renovaste o sonho de viver deste teu pequeno pai.
Ah meu filho, tuas frágeis mãos seguraram esse pesado homem
para que não tombasse morto e frio sobre o solo já infértil.
Teus lábios frágeis
Abriram um sorriso do qual eu já nem sabia ser possível existir.

Guarda em ti essa vida e fazei-a germinar mil vezes.
Segue meu guerreiro Arthur, segue pelos campos,
Empunha tua espada e tua razão,
ambas controladas por tua inefável paixão.


Agora, em quanto meus pensamentos todos se voltam pra ti,
Quando o retrato imortaliza teu brilho,
O coração palpita os minutos que faltam
Para tê-lo em meus braços.
Assim, somente contigo e por ti
Ainda tenho passos a seguir.

Minha gota de orvalho que corrige
A tristeza da noite sombria.
Pequeno, tão pequeno e tão grande
Que encheu de todo minha vida vazia.

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