22.5.12

VERMES DE NEGOCIATAS


Covardes! Verdadeiros covardes.
Eis o que sois: vermes de negociatas.
Fácil é julgar a traição passional;
Posto que todo amor é tolo e fatal
Ou criança inocente que não sente
Vossos juízos de vã moral.
Difícil, deveras, é seres ético na amizade;
Conservar-te digno entre moedas de ouro
E milhões em quilates.
O que vale mais:
Suas ações na bolsa de valores?
Teu nome no The new york times?
Ou o cão vira-latas ao meu lado agora?
É certo que, ao contrário de vós, não tenho algum dos primeiros.
Este último ao menos, lembra a condição humana;
E o dia em que jurastes honrar nossa amizade.

Do que precisas agora?
Que continuemos as "peladas" no sábado à tarde?
Que sentemos juntos para rir de algumas piadas?
Sorrir e abraçar os "velhos amigos"?
Pedir ajuda, pois somos ainda fracos e corremos perigos?

Não! Covardes imbecis.
Já me falta, a mim e aos meus, lugar próximo a vós.
Tendes muitos cálculos a fazer...
Espero que contabilizes os amigos que já não mais são vossos,
Também a história a qual destes fim.

Talvez sejam todos Napoleões
Que os Bufões aqui não tenham reparado.
Continuo com meu cão
Que com vossos nomes será "re-batizado".
Vão para vossos negócios, vermes traidores,
Qual Judas desgraçado.
Chamarei os que sobraram.
Tocarei fora o cão para que vossos nomes não sejam evocados.
Tomaremos um vinho,
Fumaremos um cachimbo.
Retomaremos à amizade que para nós ainda é espaço sagrado.

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