28.7.13

Eu, poesia

Eles diziam que eram sérios.
Eu, pobre e mistério.
Diziam que eram flor-de-lis.
Eu, quadro negro com risca de giz.
Eles e Elas se confundiam na noite.
Eu gemia sobre o açoite.
Pobre coitado, se compadeciam.
Mal tinham a ciência,
Pobres e coitados eram os sem paciência.
Eles diziam que eram a luz do dia.
Eu, pura nostalgia.
Eles só viviam.
Eu sonhava enquanto eles morriam.
Eles eram seguros, dotados de razão.
Eu, escuro perdido em emoção.
Eles pensavam.
Eu agia.
Eles eram ciência.
Eu, poesia.

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