14.1.14

Verdades



Um dia você aprende que existem verdades condenadas ao teu silêncio. Não fale de todo amor que sente. Oculte, em noites solitárias, as dores que sofre silenciosamente. Um dia, talvez já tarde demais, descobrirá em tua alma, verdades que já deixaram de ser tais como eram. Deita teu corpo sobre a ponte no Porto. Sente o vento que leva sempre um pouco de você em cada sopro? Ouve o acordeom chorando ao lado, nas mãos de um músico triste? Os poetas, os músicos e os pardais tem direito a serem cinza e tristes. Para aliviar tua dor, senta na ponte. Contempla o pôr do sol em Puerto Madero.
Amanhã, para onde vai?
Não importa. Um dia também se aprende que nem sempre quem vai também volta. Entre estrangeiros também estranha a tua própria presença? O diferente desnuda o que parecia igual e comum. Mas em tua terra também não se encontra estranhamente? Não se preocupe meu menino. Segue teu caminho sempre em frente. Um dia você aprende que na vida não existem muitas verdades como desejava em tua juventude. Carrega contigo, então, todas as perguntas.
As respostas?
Respostas são verdades fugitivas que vocês esqueceu de por em cárcere privado sob a tutela de pergunta certa.

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