17.5.12

O diabo da guerra.


Chegará o momento certo
Em que o demônio ressurgirá das trevas.
O homem então verá, no próprio reflexo,
O processo da morte que não chega.
A eternidade pesará sobre seu sono,
E a angústia tomará sua existência...
A epopeia em busca da verdade,
Chegará ao término,
Quando perceber sua essência
No espelho refletida.


Pender-se-ão torrentes de lágrimas em sua face
No sangue da ferida a razão,
Coagulando de súbito a utópica ilusão,
Revelando no ente a tristeza presente.
Na morte da morte;
Abrir-se-ão os olhos deste verme impugne,
À sua insignificante realidade.
Virtuais são o céu e o diabo;
Tudo está preso em seu próprio rabo
E dali surgem suas ideias fatais.
A reminiscência só será possível
Quando esta besta abandonar suas pilhérias
E chegar à maturidade.
“Livre-se logo!”; urram todos,
“Desta guerra nojenta e do próprio demônio que és”.
Antes que este dia, tão logo chegue,
Pois não muito longe já se encontra;
Abandone a guerra, se possível ainda for.
Livra-te desta tua filha maldita.
Entrega-te logo à paz e ao amor.

Nenhum comentário: